Às
vezes imagino o que os livros de história do futuro vão falar sobre esses dias...
No
entanto, sempre tenho certeza sobre o que eles não vão falar.
Mas não estou escrevendo para
deixar algum registro da época para gerações futuras – até porque não sei se
haverá gerações futuras. Nem escrevo por amor à arte de escrever ou qualquer
outro motivo nobre, como fazer uma homenagem àqueles que sei que vão morrer ou
coisa semelhante.
Não,
nada disso. Escrevo para organizar meus pensamentos. Escrevo para coordenar
minhas ideias e tentar, com isso, lembrar-me melhor das coisas que virão.
E se
com isso algo coerente acabar vazando para o papel e a História, melhor.
Mas
escrevo, somente, para sobreviver.
DIA 1
Acordei – acordei?
– sentindo-me estranho naquela manhã de terça-feira.
A cabeça enevoada trazia
um tom de irrealidade para tudo, como se eu estivesse apenas parcialmente
consciente. O banho gelado não ajudou a dissipar o incômodo.
Enquanto tomava café e me
preparava para ir à universidade, revisei mentalmente o que havia feito no dia
anterior e o que comera no jantar. As lembranças demoravam a chegar, como se
fossem resgatadas de um local distante e profundo, mas mesmo assim tive certeza
de que não fizera nada que pudesse justificar aquela sensação.
Na UnB, à medida que as
aulas evoluíam, comecei a me sentir mais e mais ansioso, como se algo muito
importante estivesse para acontecer, até chegar à última aula do dia – Física
2, onde estudávamos Física Ótica.
O professor havia
desenhado um conjunto de lentes de formatos variados no quadro verde, e estava
começando suas explicações quando, de repente, eu sabia o que iria acontecer.
Levantei-me e, caminhando
quase como hipnotizado, aproximei-me de Leonardo, que como sempre estava
sentado na primeira fileira. Por alguns segundos fiquei olhando para sua fronte
franzida, como se ele estivesse desenhando mentalmente as lentes e raios, até
que, em algum ponto entre seus olhos e o quadro, uma luz começou a brilhar.
Por alguns poucos
segundos, a pequena nuvem luminosa cresceu, depois começou a se compactar e
tomou a forma de uma lente de gelo, enquanto crescia o alvoroço entre a turma. Mais
um pouco e Leo soltou um gemido de exaustão, desmaiando, enquanto a lente caía
no chão, estilhaçando-se com um ruído surdo.
Menos de uma hora depois,
vídeos gravados por dois celulares de alunos da turma já estavam no Youtube, mas, com a quantidade de
vídeos falsos e histórias absurdas circulando diariamente na internet,
simplesmente foram engolidos pelo excesso de informações. Eu apareço no canto
de um desses vídeos – sou o cara de pé, com jeans rasgados e uma camisa
vermelha, que parece estar em transe enquanto olha para a lente se formando.
Quanto aos jornais, a
verdade é que a única notícia para eles foi a que um estudante tinha entrado em
coma durante a aula e despertado apenas no dia seguinte – ninguém se interessou
pelas histórias fantasiosas da turma, supondo ser algum tipo de trote.
Já entre os alunos,
inúmeras teorias foram criadas e abandonadas antes mesmo que Leo acordasse. A
mais cotada, bem me lembro, era que de alguma forma ele usara seus “poderes
mentais” para agregar o vapor d'água do ar (daí a pequena nuvem luminosa) que,
sob pressão, mudou de estado até ficar sólido. Agora, como ele havia
desenvolvido ou adquirido esses “poderes mentais” ainda era um mistério que
continuaria – continua – sem solução.
Provavelmente a história
teria caído no esquecimento e se transformado em mais uma lenda urbana, se tudo
tivesse acabado por aí.
Mas não acabou.
DIA 2
Dois dias depois eu
continuava com aquela sensação estranha, como se não estivesse totalmente
acordado.
Na verdade, dizer isso
não é preciso. O certo é que, como em um sonho, o tempo parecia “pular”: eu
sentia como se nada houvesse acontecido entre o episódio da lente na sala de
aula e aquela tarde de quinta. A lembrança de dois dias atrás, estranhamente,
era muito mais clara que a do dia anterior.
O trote que vínhamos
preparando para os calouros do curso finalmente estava pronto para ser pregado:
Fomos à aula de educação física dos calouros, devidamente equipados com
“carroças” prontas para a corrida.
Os calouros ficavam
encarregados de puxar suas “carroças” – na verdade, plataformas de madeira com
rodas de rolimã – por cinquenta metros da pista de corrida do Centro Olímpico
da Universidade. A promessa é que aquele que chegasse primeiro seria dispensado
dos cortes de cabelo e tintas que seriam aplicados aos demais.
Obviamente, nosso
objetivo era não deixar nenhum deles atingir a linha de chegada!
Na pista de corrida, os
dez veteranos mais pesados subiram nas carroças e entregaram as cordas para dez
“voluntários” puxarem.
Dos dez calouros que
começaram a puxar as “carroças”, apenas oito conseguiram tirá-las do lugar. Após
cerca de quinze metros, um segundo veterano subiu em cada carroça, e mais
quatro desistiram. Mais uns quinze metros e um terceiro veterano subiu,
deixando três dos calouros restantes largados ao chão, bufando. Só um
continuou, esforçando-se para chegar à linha de chegada, vinte metros à frente.
Um pouco mais à frente, mais
um veterano subiu à carroça, se apertando aos demais para caber na apertada
prancha de madeira. O calouro, de corpo mediano, se esforçou mais e, animado
pela gritaria dos outros calouros, continuou.
Agora, era uma questão de
honra não deixar a carroça cruzar a linha de chegada, poucos metros à frente. Como
não havia mais espaço na carroça, Pam-Pam – um veterano que, sozinho, pesava
mais que quaisquer outros dois juntos – substituiu um dos veteranos sobre a
carroça. O garoto bufou, se esforçou e continuou, pé ante pé.
Quando faltavam apenas
dois ou três metros, outros dois veteranos se agarraram aos demais sobre a
carroça, equilibrando-se para não cair, dispostos a parar o calouro de qualquer
jeito. A carroça rangeu e, com um estalo forte, o eixo traseiro quebrou, quase
derrubando dois veteranos e forçando o calouro a parar por um instante. Outros
veteranos correram para aumentar o peso, fazendo uma algazarra.
Mas o jovem, suando e com
o olhar esgazeado fixo na linha de chegada, continuou puxando.
Quando ele finalmente
cruzou a linha de chegada, a carroça tinha duas rodas a menos, e quase dez
pessoas se equilibravam, umas sobre as outras, na plataforma de madeira. Pelos
cálculos que fizemos, alguns dias mais tarde, ele estava arrastando mais de
seiscentos quilos sobre a áspera pista de corrida.
Como Jean (esse era o
nome do calouro) não tinha nada incomum que saltasse aos olhos – como
“superforça” ou algo assim –, na época ninguém ligou esse episódio à
materialização da lente em sala de aula dois dias antes. Após a surpresa
inicial, sem termos chegado a uma explicação razoável para o que acontecera, as
especulações foram deixadas de lado e ele simplesmente virou um herói entre
calouros; e mesmo os veteranos respeitaram sua capacidade de não desistir.
Usualmente, ele não tinha
força, velocidade ou inteligência além do comum – mas ele sempre conseguia um
pouco mais, quando realmente se esforçava. Ninguém pensou que justamente essa
capacidade de extrair energia além do limite, quando todos já haviam desistido,
era algo além do normal.
Quer dizer, ninguém
pensou nisso até a próxima segunda-feira, quando tudo começou a
acontecer ao mesmo tempo.
DIA 3
Acho que neste ponto
cabe uma digressão, quem sabe algo me vem à mente enquanto tento organizar os
pensamentos, resgatando da memória os dias que precederam aquela primeira
terça-feira...
Quando tudo começou a
acontecer. Era assim que nos referíamos àquela semana quando... bem, quando
tudo começou a acontecer!
Conforme os devaneios dos
nerds viciados em histórias de ficção científica e em quadrinhos da
nossa turma, algo deveria ter acontecido nos dias que precederam a
primeira manifestação de “poder” – a criação da lente por Leo. Um meteoro
contendo esporos alienígenas teria caído, alguma fenda para outra dimensão
teria se aberto ou algum tipo de tempestade cósmica teria atingido a Terra,
provocando mutações.
Ainda segundo eles,
precisávamos nos precaver, porque em breve apareceriam funcionários do governo
tentando nos prender, como se fôssemos algum tipo de ameaça à segurança
nacional; ou, quem sabe, um grupo de cientistas de alguma organização
desconhecida surgiria para ou justificar o acontecido ou para nos capturar para
análise e posterior reprodução de nossas habilidades em larga escala, para
vender ao exército do país que pagasse mais.
Bem, até onde eu sei,
eles estavam errados em ambas as coisas.
Alguns dias mais tarde,
quando descobri o porquê de minha mente estar sempre enevoada e
de alguns dias parecerem mais reais que outros, fiz uma pesquisa extensa na
internet, em jornais, blogs e até mesmo sites de diversos grupos religiosos e
esotéricos. Absolutamente nada diferente aconteceu naqueles dias que
precederam a primeira manifestação – pelo menos nada de que a humanidade
tivesse se dado conta.
Tentei analisar os alunos
das turmas envolvidas, buscando pontos em comum, mas havia gente de toda parte
do país, e de outros países, gente que poucas semanas antes vivia a centenas ou
milhares de quilômetros de distância. Os estranhos eventos ocorriam apenas com
estudantes da UnB, como se algo houvesse sido iniciado daquele ponto, mas o que
era, e se ficaria restrito à universidade, ainda não sabíamos.
Quanto ao governo... Bem,
eles levaram quase vinte anos para elaborar as primeiras leis sobre a internet;
e não seria dessa vez que se tornariam mais ágeis. Nada de cientistas malucos,
também, embora diversos de nós tenham demonstrado suas habilidades em diversos
laboratórios de universidades e centros de pesquisa do país, quando a área
científica finalmente acreditou que não era mais um golpe de mídia.
A mídia... Essa sim, agiu
rápido. Em pouco tempo estávamos nos jornais, e já na segunda semana chegavam a
nós propostas variadas, desde estrear comerciais e posar para revistas, até o
convite para estrelarmos uma versão especial do programa “Big Brother”, em uma
casa habitada apenas por pessoas com habilidades especiais.
Mas estou divagando. Divagando sobre o que sei que vai
acontecer. O que eu queria dizer é que, naquela segunda, as coisas de repente
começaram a acontecer mais rápido.
Logo no início do dia, a
Samara – uma bela morena que havia entrado no mesmo semestre que eu –
“empurrou” um engraçadinho que estava enchendo sua paciência, sem tocar nele,
na área das lanchonetes. O garoto caiu sentado e foi arrastado por uma força
invisível por mais de cinco metros, parando próximo a alguns grupos que
discutiam os episódios da semana anterior.
Quando uma segunda pessoa
– um sujeito que cursava arquitetura, de quem não lembro o nome – descobriu que
conseguia influenciar os outros, durante uma partida de truco, alguém levantou
a hipótese de que as ocorrências indicavam que algo estava acontecendo em larga
escala na universidade.
Bastou a fagulha dessa ideia
para uma verdadeira febre se abater sobre todos, cada um buscando, de forma
escondida ou explicitamente, descobrir se tinha algum tipo de “poder”.
E de fato alguns outros
descobriram que efetivamente conseguiam fazer algo diferente. Nada de coisas
“absurdas” (olhe só para mim, falando de absurdo em uma situação dessas!),
como fazer o corpo pegar fogo, ficar invisível ou esticar. Mas,
definitivamente, coisas fora do normal.
Algum tempo depois, eu e alguns dos outros começamos a
perceber um certo padrão nos poderes que se manifestavam, pois todos pareciam
de alguma forma associados a faculdades mentais. E, em nossas pesquisas,
curiosamente descobrimos que todos os “poderes” pareciam ter precedente entre
os milagres atribuídos a “santos” e “gurus” no correr da História.
Mas estou novamente me
adiantando. Naquela segunda, que convencionei chamar de “dia 3”, tudo começou.
Mas o que realmente me
levou a escrever foram os fatos de hoje; o “dia 4”. O dia em que descobri por que
minha mente tem estado enevoada, e o dia em que descobri por que tenho tanta
certeza sobre algumas coisas que ainda estão por acontecer.
DIA 4 - Hoje
Hoje, novamente, acordei
com aquela estranha sensação de que minha mente estava enevoada.
Tentei me lembrar do dia
anterior.
Apesar de o “dia 3” estar
bem claro na minha lembrança, precisei de vários minutos me esforçando para
tentar recuperar a memória do que ocorrera nas duas semanas seguintes.
Assustei-me quando
percebi que dezesseis dias tinham se passado desde aquela segunda-feira. Conferi
no relógio, olhando com estranheza a data: quarta feira, 22 de abril de 2009. Mas
por que as duas semanas passadas estavam tão enevoadas?
A revelação me chegou
como uma luz em um quarto escuro, que cega antes de desvendar. Ainda que eu não
soubesse por que, um medo terrível fez doer minha barriga e um calafrio subiu
pela espinha, enquanto lágrimas me brotaram nos olhos, sem que eu conseguisse
impedir.
Eu estava tentando
lembrar para o lado errado! Por isso era tão difícil!
As memórias do futuro me
atingiram de forma fragmentária, como se eu estivesse tentando ver algo que
continuamente fugisse do meu foco de visão. Quanto mais eu lembrava, maior o
medo se tornava, ainda que eu não conseguisse ver ainda o porquê desse medo.
* * *
Desisto de ir para a
universidade, até porque sinto que não adianta ir lá até que tenha uma ideia
clara sobre o que preciso fazer.
Abro a tampa do laptop e
começo a escrever, para organizar as ideias, para clarear na mente os últimos
dias e quem sabe com isso ajudar a lembrar dos dias que virão.
Às vezes imagino o que os livros de história do futuro
vão falar sobre estes dias... No entanto, sempre tenho certeza sobre o que eles
não vão falar.
Mas não estou escrevendo para deixar algum registro da época para
gerações futuras – até porque não sei se haverá gerações futuras. Nem escrevo
por amor à arte de escrever ou qualquer outro motivo nobre, como fazer uma
homenagem àqueles que sei que vão morrer ou coisa semelhante.
Não, nada disso. Escrevo
para organizar meus pensamentos. Escrevo para coordenar minhas ideias e tentar,
com isso, lembrar-me melhor das coisas que virão.
E se com isso algo
coerente acabar vazando para o papel e a História, melhor.
Mas escrevo, somente,
para sobreviver.
O medo dói em meu
estômago enquanto me forço a lembrar dos últimos dias, enquanto me preparo
psicologicamente para tentar lembrar dos dias que virão.
Há duas semanas, Pam-Pam,
o veterano grandalhão, começou a apresentar estranhos calombos nas costas. Sua
mãe o levou a um dermatologista, que verificou que as protuberâncias que se
assemelhavam a espinhos eram de um material semelhante às unhas – embora nós
achássemos que pareciam mais com pequenos chifres de rinoceronte. Seus cabelos
começaram a cair e em uma semana não havia um só pelo em seu corpo. Sua
família, assustada, o enviou para uma clínica de oncologia nos Estados Unidos,
na esperança de que algum médico possa diagnosticar melhor o que está
ocorrendo.
Marco, um calouro que
tinha vindo do Rio de Janeiro, estava assistindo a uma aula quando pareceu
entrar em transe. Ao fim da classe, quando todos se levantaram para sair,
perceberam que ele permaneceu sentado. Alertados já pelos estranhos
acontecimentos que vinham ocorrendo, chamaram sua família. Quando seu pai
chegou, a turma já havia percebido que ele não estava em transe – apenas se
movia muito, muito lentamente. Carregaram-no para uma ambulância e não tivemos
notícia dele desde então.
Mas nem todos os casos
eram dramáticos. Por exemplo, Míriam, uma nissei extremamente simpática,
descobriu que conseguia projetar sua mente com facilidade para qualquer lugar,
tendo inclusive visto seus avós no Japão e trazido notícias para sua família. Seus
pais estavam orgulhosos, julgando que a “projeção astral”, como chamavam, era
uma evidência de que a filha estava transcendendo a matéria e entrando em um
estado búdico.
Casos de transes
extáticos, empatia, telepatia, bicorporiedade, levitação, transcomunicação,
clarividência, transfiguração e outros tantos termos resgatados da literatura
religiosa e esotérica pipocavam todos os dias no campus e, embora algumas
pessoas tentassem ignorar seus dons e continuar levando vida normal, alguns os
viam como pretexto para abandonar totalmente o que faziam e partir em busca de
alguma coisa nova.
Estranhamente, mesmo
depois de vinte dias desde o episódio com Leonardo na aula de Física Ótica, só
os estudantes da UnB eram afetados – nenhum professor, funcionário ou visitante
havia demonstrado nada de excepcional.
Ao recordar os fatos das
últimas semanas, percebo que não lembro de ter desenvolvido esse dom de lembrar
coisas futuras em nenhum momento.
Na verdade, me recordo
que minha vida correu de maneira bastante normal nestas últimas semanas, exceto
pelo alvoroço que ocorria à minha volta toda vez que alguém começava a levitar,
a falar em línguas estranhas ou emitir um halo de luz em volta da cabeça.
Então, compreendo que
apenas nos dias em que minhas lembranças estão mais claras – os dias um, dois e
três e o dia quatro, hoje – eu realmente lembrei de algo futuro. Mas é mais que
isso: nos outros dias, eu nem mesmo me recordava de que havia lembrado de algo
futuro!
É quando a verdade, mesmo
que ainda incompleta, me atinge com um soco no estômago: minha habilidade não
é a de lembrar de coisas futuras como se houvessem acontecido!
Minha habilidade é de
projetar minha consciência para dias passados!
Por isso a data me
pareceu estranha no início do dia: antes de acordar hoje, eu havia acordado
quase dois meses no futuro, em 7 de junho!
Aos poucos, a memória vai
retornando, ainda embrenhada em fumaça, e percebo que meu poder não é absoluto:
preciso lutar com o cérebro do meu “eu” atual para resgatar as lembranças,
sejam do futuro, sejam do passado do dia atual.
Com o medo fazendo subir
a bile até minha boca, olho pela janela para o dia que se encerra e finalmente
percebo que trouxe duas mensagens bem claras de minhas memórias do futuro:
A primeira, de que algo
ruim, muito ruim, vai acontecer caso eu não use as lembranças que ainda não
consegui resgatar para mudar determinados fatos do passado.
E a segunda, que tenho
apenas sete chances, sete dias onde minha alteração pode fazer diferença.
Lágrimas de medo me
escorrem no rosto quando defronto a realidade imutável: o quarto desses dias
terminou.
E eu ainda não me recordo
do que preciso fazer!
Alexandre Santos Lobão