literária abre as portas para o aprendizado de conhecimentos
científicos e técnicos
Nos dias 24, 25 e 27 de janeiro, estive em três escolas da região de
Taguatinga e Ceilândia: Colégio Dinâmico, Colégio Certo e Cemar. Nas
três escolas, falei sobre letramento literário com base no gênero.
Sumário
O ensino baseado na noção de gênero tem sido adotado em todo o mundo,
especialmente no ensino de inglês para estrangeiros, com visível
sucesso na aprendizagem. Consiste na idéia de que aprender a ler e a
escrever depende não apenas de um saber lingüístico (conhecer
vocabulário, sintaxe, semântica) descolado do ambiente social e do
contexto institucional. Aprender a ler e a escrever depende, também,
do conhecimento das interações sociais, das relações de poder e do
objeto da aprendizagem (física, matemática, geografia, literatura).
Nesta palestra, além de uma visão geral dos gêneros, apresento
especificamente uma metodologia para trabalhar o gênero literário do
campo das histórias (narrativas curtas, contos).
A questão-chave é: o que se ensina quando se trabalha literatura na
escola? Na palestra, apresento ferramentas simples, que permitam ao
professor elaborar suas lições, ler, analisar e explicar textos
literários. Ao mesmo tempo, o professor terá um instrumental de
avaliação, isto é, o que ele deve ter em conta quando avalia um texto
do aluno? Como mensurar a nota? Que valor dar aos aspectos
morfossintáticos (concordância, regência, pontuação) e que valor dar
ao conteúdo?
Apresento, também, o arcabouço do gênero dissertativo-argumentativo,
com as principais ferramentas analíticas.
Público: docentes de todas as áreas do conhecimento e níveis de ensino.
Duração: uma hora de exposição e trinta minutos para questões.
Currículo do palestrante:
João Bosco Bezerra Bonfim, graduado em Letras (UnB, 1986), Mestre
(UnB, 2000) e Doutor em Lingüística (UnB, 2009), escritor, tem livros
de poesia lírica, cordéis, livros para crianças e também ensaios na
área de Análise de Discursos. É também Consultor Legislativo do Senado
Federal (desde 1996), na área de Políticas Culturais. Migrante do
sertão do Ceará, mora em Brasília desde 1972, onde fez seus estudos e
trabalha. Seu primeiro livro publicado foi amador amador, em 2001, de
poesia lírica; logo em seguida, A fome que não sai no jornal (2002),
com ensaio sobre o discurso da mídia fez o contraponto entre o lirismo
e terreno acadêmico, logo seguido de Palavra de Presidente – discursos
de posse de Deodoro a Lula(2004), no terreno da retórica. Mas foi com
Romance do Vaqueiro Voador (2004/2010), em forma de cordel que firmou
seu perfil de narrador, nessa obra que recebeu prêmios de design
gráfico e foi adaptada para longa-metragem. Em um terreno mais vasto,
tem trilhado o caminho das histórias para crianças, com obras
originais, como No Reino dos Preás, o Rei Carcará (2009) e Um
Pau-de-Arara para Brasília, (2010) e adaptações de clássicos, como O
Soldadinho de Chumbo em Cordel (2009).
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João Bosco Bonfim
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