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quinta-feira, 28 de março de 2013

Riqueza: uma questão de sintonia emocional




Muitas pessoas têm uma fantasia mágica de que ganhar dinheiro e enriquecer tem a ver com sorte, com desonestidade ou com prêmio de loteria. A riqueza é a gente que faz, não vem de fora, mas de dentro. Tem a ver, primeiramente, com a nossa forma de ver o mundo e os relacionarmos com as pessoas, com a vida. A pobreza e a riqueza existem não só no campo dos recursos financeiros, mas também no das ideias, afetos, desejos etc. A riqueza e a pobreza estão dentro de cada um. Antes de ir para a esfera financeira, elas passam pela vida afetiva e emocional.

Cada sujeito tem uma forma particular de pensar, sentir e agir diante da vida e também de reagir frente ao dinheiro. Lidar com as finanças de forma equilibrada ou insana não tem a ver com a quantidade de dinheiro no banco, mas com essa maneira de se posicionar frente ao mundo, às crises e às pessoas. O jeito de manejar e administrar os recursos é mais importante do que a quantidade de bens que se tem. Há pessoas que ganham pouco e vivem bem. Há outras que ganham muito e estão endividadas.

Os indivíduos de mente pobre são limitados para perceber as oportunidades de enriquecimento, a começar pela forma restrita de ver o mundo. O mundo é abundante. O universo é abundante. Tem para todos que querem ter. Infelizmente muita gente não quer porque ter significa, muitas vezes, romper com o padrão aprendido, arriscar.

Muitas pessoas têm medo de enriquecer e manejar grandes quantias de dinheiro. Nesse caso, é mais “seguro” não ter muito. Se há um conflito interno sobre enriquecimento, é provável que o medo fale mais alto e impeça a pessoa de crescer. Esse sujeito sente-se acomodado e não procura opções de crescimento. Fica tolhido, sem se desenvolver, esperando uma ajuda externa (do governo, da família etc). Reclama da crise, mas não busca melhorar.

Já a pessoa de mente rica pensa grande, vislumbrando horizontes, vivendo as experiências como uma oportunidade de aprendizado e de investimento. É arrojada, e mesmo com medo, age!

Para ativar a riqueza dentro de si, é preciso, em primeiro lugar, se sentir importante e necessário para o mundo, para sua família, para sua comunidade, procurando se aprimorar naquilo que faz.

Antes de construir uma riqueza financeira, é importante estruturar uma vida rica: de aprendizados, experiências, informações, projetos, contatos, sentimentos etc.

Uma pessoa verdadeiramente rica tem não só dinheiro, como cultura, paz de espírito, educação, pessoas queridas a sua volta e, principalmente, dignidade!

Se uma pessoa tem uma crença interna de que não tem nada para ela, que tudo é complicado, que as crises nunca acabam, dentro dessa linha, ela acaba vivenciando mais e mais experiências difíceis e acaba se focando em acontecimentos negativos para si.

O mesmo acontece se a pessoa se conecta com a saúde e com coisas boas e positivas. Ela passa a vivenciar mais e mais situações agradáveis, de bem-estar e esperança.

Muitas pessoas, em vez de se concentrar no que é possível, perdem muito tempo pensando sobre o que não têm. Assim, se tornam irritadas e ressentidas com a sua situação, o que cria mais limitações e barreiras nas suas vidas. É mais fácil prosperar quando se tem um estado sereno da mente. Porque tudo em que se foca tende a crescer.

Quando você começa a pensar que pode, seus pensamentos ficam mais poderosos. E, quando se sente mais poderoso, tem a energia necessária para impulsionar-se para os atos que criam uma vida de riqueza verdadeira.

Experimente escolher em que lado você quer viver a vida! E arrisque-se!


Angélica Rodrigues Santos
Professora, psicóloga e autora do livro “Família, afeto e finanças – como colocar cada vez mais dinheiro e amor em seu lar”, em parceria com Rogério Olegário do Carmo

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