Muitas pessoas trabalham incansavelmente e não conseguem fazer fortuna.
Outras são agraciadas com prêmios de loteria e não conseguem manter-se ricas.
Por que alguns conseguem enriquecer e outros não?
Enriquecer é um direito de todos. Sim, todos podem. Além dos caminhos
para se “fazer dinheiro”, é necessário também conhecer as emoções que
pavimentam essa estrada.
De maneira bem simples, podemos dividir a personalidade humana em duas
instâncias: consciente e inconsciente. O consciente é aquela parte que
dominamos e da qual temos controle. O inconsciente é aquela que não enxergamos,
mas está lá, agindo o tempo todo, responsável por nossa estrutura emocional e
nossas escolhas.
Se você tem o desejo de enriquecer, é importante verificar essas
influências inconscientes na sua vida: no seu íntimo, acredita que a riqueza é
para você?
Na maioria das vezes, as decisões financeiras são tomadas a partir de
alguma emoção inconsciente e não de um raciocínio lógico e consciente. Se você
quer enriquecer, mas, internamente, sente temor ou acha que “isso seria bom
demais pra ser verdade”, sem perceber seu inconsciente poderá bloquear o
sucesso financeiro.
Sua mente funciona a partir do que você sente
e não do que deseja ou pede. Se quer riqueza, mas sente receio de não
conseguir, no nível inconsciente você avisa seu cérebro de que existe a
possibilidade de falha. O inconsciente sempre vence, porque é a parte
mais forte. Se você tem medo da riqueza, será difícil consegui-la ou mantê-la.
Assim, para prosperar na vida, antes de adquirir autonomia financeira é
necessário possuir autonomia emocional, ser capaz de produzir boas emoções e
ser independente integralmente,
agindo como uma pessoa adulta no mundo. Ser capaz de gerar dinheiro e administrá-lo
bem é uma habilidade da pessoa madura, emocionalmente falando. Se você sente
dificuldade em gerenciar a sua vida em outras esferas, provavelmente isso se refletirá
também na administração das suas finanças.
Como você imagina que os ricos cuidam do seu dinheiro? Você já se
imaginou sendo um deles? Ter muito dinheiro dá trabalho? Essas são questões
importantes a responder se você deseja enriquecer.
É fundamental ainda ficar amigo do dinheiro para perder o medo dele,
afinal, o desconhecido gera insegurança. E como se tornar amigo de alguém?
Encontrando-se com ele e conhecendo-o melhor, dedicando tempo para essa pessoa,
certo? A mesma regra se aplica ao dinheiro. Se você quer administrá-lo de forma
eficiente, é essencial que tenha tempo para cuidar dele, para estudar o mercado
financeiro e conhecer as formas que a sociedade estabelece para gerenciá-lo.
Outro aspecto importante é rever os modelos
que seus pais lhe passaram sobre riqueza. Eles tinham dificuldades ou
facilidades financeiras? Em qualquer caso, você tem permissão para superá-los?
Você se sente à vontade para fazer diferente deles? Caso enriquecesse, sua
família ficaria feliz ou incomodada com a sua fortuna? Geraria orgulho ou
despertaria inveja? Você foi estimulado a romper obstáculos, a desbravar o novo
e superar limites? Foi-lhe ensinado que podia fazer as coisas do seu jeito,
levando em consideração suas características e necessidades individuais? Era
respeitado e elogiado quando resolvia problemas de forma criativa? Esses podem
ser pontos de bloqueio para o enriquecimento, pois a permissão interna para a
prosperidade vem, primeiramente, do nosso clã.
Se
você sente que não recebeu essa permissão, experimente construí-la dentro de
você, fazendo escolhas saudáveis para sua vida, seja em relação à alimentação,
relacionamentos, estilo de vida, profissão e também dinheiro.
Cuidar
bem de si é o ponto de partida para cuidar bem das finanças. A fortuna não
aparece do dia para a noite. A natureza não dá saltos. É uma estrada a ser
construída dia após dia, onde você formará pensamentos ricos, sentimentos ricos
e comportamentos ricos. Vivenciando a riqueza dentro de si, ao longo da vida,
você trilhará um caminho consistente para o sucesso financeiro. Acredite!
Angélica Rodrigues
Santos é psicóloga, professora, consultora da Libratta Finanças
Pessoais e autora do livro “Família,
afeto e finanças – como colocar cada vez mais dinheiro e amor em seu lar”, em
parceria com Rogério Olegário do Carmo.
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