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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

As férias acabaram, mas outras vêm aí!



Sim, as férias acabaram... que pena! Mas ainda bem que vêm outras por aí. Daqui a pouco, as férias escolares estarão de volta e muitos pais aproveitarão para curtir o seu merecido descanso também.

Imagino que, por esses dias, os mais previdentes estejam planejando onde estas férias acontecerão, talvez já tenham comprado as passagens, realizado as reservas para hospedagem e programado os passeios que farão. Isso é bom. Parabéns! Agora faço uma pergunta: já calcularam os recursos financeiros para isso?

Os profissionais liberais, com certeza, se preocuparam com a pergunta, mas aposto que os assalariados responderam que não precisam se preocupar, pois vão usar o 13º salário e os abonos de férias para isso. Ótimo. Profissionais liberais e assalariados, lembrem-se de que já existem em nome de vocês, além da viagem de férias, contas que vocês talvez não estejam se lembrando, mas que estão em seus nomes há muito tempo: festa e presentes de Natal; festa de Réveillon; revisão e seguro do carro; matrícula, uniforme e material escolar; IPTU; IPVA e, fechando o ciclo, em abril do ano nem tão novo mais, o pagamento do imposto de renda. Ufa! Quanta despesa...

Peço desculpas por tê-los assustado e tirado vocês dos devaneios que as últimas férias trouxeram. E para me redimir, quero dar uma boa notícia: todos esses gastos que citei podem ser planejados. Sim, eles não são “gastos extras de fim e início de ano”, como muita gente insiste em chamá-los. São gastos normais, perfeitamente planejáveis, pois todos sabem que eles ocorrem todos os anos.

Infelizmente, a maioria das pessoas não faz reserva financeira para realizá-los pois conta com o pobre coitado do 13º salário para isso. Esquecem que o 13º é usado, normalmente, para quitar dívidas acumuladas ao longo do ano, causadas pelas mesmas despesas citadas; portanto, ele é insuficiente. Assim, vocês acabam por custear as despesas futuras em “módicas prestações” que, em alguns casos, duram até a nova enxurrada de gastos do ano seguinte, criando um processo que se retroalimenta, e assim raramente sobra dinheiro para investir.

Como mudar esse quadro?

A minha sugestão é trocar a atitude de “investir o que sobra” para calcular e separar o que se precisa "investir e gastar o que sobrar”, pagando primeiro a vocês mesmos. E isso é muito simples e prazeroso.

Voltemos às férias: verifiquem o custo da hospedagem e do transporte, seja ele qual for; calcule o valor da alimentação, incluindo os lanchinhos e sorvetes; os preços dos passeios, das lembrancinhas que queiram trazer para alguém e tudo o que vocês lembrarem que resultem em custos. Somem tudo. O resultado é o valor necessário para as férias.

Em seguida, calculem o número de meses que faltam até a data da viagem. Verifiquem a rentabilidade média mensal de algum produto financeiro que atenda a seus critérios de prazos e riscos e, com esses dados, calculem quanto vocês precisam investir por mês para atingir o valor calculado. Caso tenham dificuldades com as contas, existem diversos planejadores financeiros online disponíveis na internet. Indico o Librattum (www.librattum.com.br). Por fim, verifiquem se o valor mensal encontrado está dentro das suas reais possibilidades e, se não estiver, façam ajustes, até que o valor se encaixe em seu orçamento. Invistam esse valor mensalmente e depois curtam as férias com dinheiro no bolso.

Ao retornar das férias, refaçam os planos para a próxima. Já que aprenderam e estarão com a “mão na massa”, façam a mesma coisa para todas as demais despesas futuras e os sonhos, incluindo a tão desejada independência financeira para a aposentadoria. Verifiquem se os planos estão de acordo com as suas reais possibilidades. Se não estiverem, façam ajustes, até que eles se encaixem em seu orçamento, que deve ser revisto frequentemente.

Somem os valores encontrados e invistam regularmente para atingir os objetivos traçados. Com isso, vocês terão o dinheiro para pagar tudo à vista, tendo liberdade financeira que a vida sem prestações traz, permitindo, inclusive, mudanças de planos no momento que desejarem ou necessitarem. Boa sorte!


Rogério Olegário do Carmo

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