A vida da água merece memória? Memória em forma de livro na estante? Pingo D’Água Serenoso Orvalhado do Antúrio acredita que sim. Sobretudo em tempos que ameaçam a integridade hidrológica da Terra. Serenoso nasceu num recanto sombreado de mata densa, para o doce prazer da reflexão. Tão sensível à poesia era ele, que ao refletir sobre o amor que dedicou a Begônia, ou sobre a luta que travou na Campanha de Salvação das Águas Rasas, ou sobre os transtornos que lhe valeram ser internado, discriminado, despejado e, num infausto momento da existência, filiado à gangue dos Transbordados do Tietê, inspirou-se nos versos de Camões: “Sôbolos rios que vão por Babilônia me achei...” Confiram no livro Sobre os rios que vão – memórias de um pingo d’água, de minha autoria – editora Dimensão.
Margarida Patriota
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