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sábado, 30 de novembro de 2013

Comprar ou não comprar, eis a questão!

                                                                                                                                                                                                                             
O Natal está chegando e, para muitas pessoas, é um tempo de estresse: confraternizações, festas e muitas compras! Este pode ser um bom momento para uma reflexão importante: preciso, quero, posso comprar?

Nesta época, a intensidade das propagandas e apelos de consumo cresce. Esses, às vezes, são claros, e outras vezes, subliminares. Para nos sensibilizar, o comércio usa músicas que nos remetem à infância. E utiliza mensagens do tipo: “Demonstre seu amor àquela que tanto cuidou de você – presenteie sua mãe com uma joia! Ela merece!” “Você só começa a pagar no ano que vem!” “Dez vezes sem juros”. “Fique tranquilo! Com o 13º salário você cobre as despesas extras!”

Infelizmente, Natal é tempo de armadilhas também. Especialmente pra quem passou o ano longe de casa, dos filhos, dos pais ou mesmo do cônjuge. A culpa é o “ingrediente perfeito” para um consumo exagerado.

Com a chegada das festas, aparece também uma oportunidade de compensar “tudo o que não foi dado” durante o ano. Afinal, o clima natalino inspira reconciliação, compreensão, amizade... As pessoas esquecem seus desafetos e se confraternizam.

Antes das compras, é interessante se perguntar: “Posso presentear as pessoas? Realmente quero fazê-lo? Qual é a minha verdadeira motivação ao presentear alguém?”. Experimente fugir das obrigações. Se decidir presentear, faça-o direito. Pense no que o futuro presenteado realmente gosta. Senão você corre o risco de dar algo que não tem nada a ver com a pessoa e que vai parar no fundo do armário!

Presentear significa que você quer “se dar de presente” a alguém, de tanto que você gosta dessa pessoa. É isso mesmo que você deseja quando vai presentear? Um presente de verdade é aquilo que é capaz de encher o outro de alegria por ter se sentido lembrado e querido por quem o presenteou. Dar por obrigação não vale a pena.

Algumas pessoas, lamentavelmente, pautam seu valor, bem como a importância que elas têm pro outro, pelos presentes que ganham ou, pior, pelo valor monetário deles. “Presentes caros significam que quem me presenteou gosta muito de mim”. “Presentes baratinhos significam o contrário.” Será que é isso mesmo? Cuidado com os clichês!

Se você pode presentear alguém, faça-o com consciência. Se não pode, experimente exteriorizar o seu carinho e a sua gratidão de outra maneira. Arrisque fazer diferente neste Natal: invista seu 13º e faça um bazar de trocas entre os amigos e a família. Aproveite e separe aquilo que você ganhou no último Natal e de que não gostou. Isso pode agradar alguém, porque os gostos são diferentes. Confeccione cartões expressando seus sentimentos e junte com algo que você mesmo pode fazer em casa. Use sua criatividade e inove. Consumir menos é uma responsabilidade de todos para a preservação do planeta. Pense nisso! E Feliz Natal!


Angélica Rodrigues Santos é psicóloga, professora e supervisora, coautora do livro “Família, afeto e finanças – como colocar cada vez mais dinheiro e amor em seu lar”, com Rogério Olegário do Carmo (Ed. Gente).

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