Ao longo de nossa existência, construímos um sistema de crenças ao qual
somos muito fiéis. Nele estão contidos ensinamentos frente à vida e também ao
dinheiro.
Nós, mulheres, aprendemos muitas vezes que “finanças são para homens”,
que “dinheiro é algo complicado”, que “investimento é para quem ganha muito” ou
ainda que “mulheres não têm inteligência para números”.
Se quisermos melhorar nossa saúde financeira, precisamos rever nossos
pensamentos, sentimentos e posturas diante do dinheiro.
Abrir a mente para novas possibilidades de enriquecimento é essencial: “finanças
também são coisas de mulher”; “investimento é para todos”; “mulheres podem
enriquecer sozinhas ou acompanhadas!”
Pontos frequentes, no mundo
feminino, são a falta de conhecimento financeiro para poupar e o impulso de
consumir.
Para essa desinformação existe
remédio: investir em educação! E hoje temos educação financeira de qualidade,
disponível para todos: em livros, internet e em seminários práticos espalhados
por todo o país.
Já o impulso de consumo precisa
ser visto com cuidado, pois é algo complexo, que envolve inúmeros fatores. Um
deles está ligado ao nosso estado emocional e autoestima. Nosso amor próprio
influencia diretamente na nossa relação com o mundo e também com o dinheiro. Se
nos sentirmos mal-amadas, ficaremos mais vulneráveis a qualquer compulsão. Se
nos apreciarmos e estivermos felizes, não necessitaremos consumir tanto!
O vazio interior nos faz buscar
preenchimento, frequentemente, em questões que, na realidade, não nos nutrem,
como excesso de comida, de álcool, de compras etc. Precisamos nos perguntar: estamos
realizadas? Nossos relacionamentos são satisfatórios? Sentimo-nos integradas e
importantes no grupo a que pertencemos?
É fundamental percebermos o que
realmente está faltando em nossas vidas para não nos deixarmos seduzir pelo
prazer volátil do consumo. Ele não suprirá nossas carências mais profundas.
Temos várias necessidades físicas, emocionais, intelectuais, sociais,
espirituais, que devem ser atendidas para que tenhamos uma saúde integral. Só
assim estaremos fortes para resistir aos apelos do capitalismo.
Para muitas de nós, o dinheiro
ainda é um tabu e algo estranho, do qual muitas têm medo. O aliado do medo é a
ignorância. Informe-se! Conheça o mercado financeiro! Estude as melhores opções
de investimento para você!
É importante pensarmos que, se
somos capazes de produzir dinheiro, também o somos para gerenciá-lo, de forma
criativa e inteligente. Aprender a gerar e poupar dinheiro, sabendo desfrutar
dele, são atitudes sábias!
É recorrente vermos mães
sentirem-se culpadas por estarem pouco em casa e tentarem suprir esta ausência
com presentes e guloseimas para os filhos. A culpa, aqui, é a inimiga nº 1 do
enriquecimento, pois ela fomenta o desperdício. É impossível aliviar a culpa de
nossa ausência com bens materiais. Precisamos separar dinheiro de afeto, pois essa
mistura produz dívidas descabidas.
Trabalhar e enriquecer, sem
deixar de ser feminina, é possível. Nosso desafio é sermos competentes na
tarefa de organização financeira, sem nos masculinizarmos e sem nos desligarmos
de nossa real natureza. Podemos ter sucesso financeiro com maturidade,
segurança e delicadeza, que é a marca registrada das mulheres que somos!
Angélica
Rodrigues Santos é professora, psicóloga,
especialista em Psicologia Clínica, Organizacional e do Trabalho. Analista transacional
e bioenergética, com treinamento em EMDR e hipnose. Possui formação em
Sexualidade Humana e Constelações Familiares. Palestrante,
psicoterapeuta individual e de grupos; atua especialmente na área de Finanças
Comportamentais e Processos de Emagrecimento. Consultora da Libratta Finanças
Pessoais. Autora do livro
“Família, afeto e finanças – como colocar cada vez mais dinheiro e amor em seu
lar”, em parceria com Rogério Olegário do Carmo.
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