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sexta-feira, 8 de março de 2013

O que você, mulher, pensa sobre dinheiro?



Ao longo de nossa existência, construímos um sistema de crenças ao qual somos muito fiéis. Nele estão contidos ensinamentos frente à vida e também ao dinheiro.

Nós, mulheres, aprendemos muitas vezes que “finanças são para homens”, que “dinheiro é algo complicado”, que “investimento é para quem ganha muito” ou ainda que “mulheres não têm inteligência para números”.

Se quisermos melhorar nossa saúde financeira, precisamos rever nossos pensamentos, sentimentos e posturas diante do dinheiro.

Abrir a mente para novas possibilidades de enriquecimento é essencial: “finanças também são coisas de mulher”; “investimento é para todos”; “mulheres podem enriquecer sozinhas ou acompanhadas!”

Pontos frequentes, no mundo feminino, são a falta de conhecimento financeiro para poupar e o impulso de consumir.

Para essa desinformação existe remédio: investir em educação! E hoje temos educação financeira de qualidade, disponível para todos: em livros, internet e em seminários práticos espalhados por todo o país.

Já o impulso de consumo precisa ser visto com cuidado, pois é algo complexo, que envolve inúmeros fatores. Um deles está ligado ao nosso estado emocional e autoestima. Nosso amor próprio influencia diretamente na nossa relação com o mundo e também com o dinheiro. Se nos sentirmos mal-amadas, ficaremos mais vulneráveis a qualquer compulsão. Se nos apreciarmos e estivermos felizes, não necessitaremos consumir tanto!

O vazio interior nos faz buscar preenchimento, frequentemente, em questões que, na realidade, não nos nutrem, como excesso de comida, de álcool, de compras etc. Precisamos nos perguntar: estamos realizadas? Nossos relacionamentos são satisfatórios? Sentimo-nos integradas e importantes no grupo a que pertencemos?

É fundamental percebermos o que realmente está faltando em nossas vidas para não nos deixarmos seduzir pelo prazer volátil do consumo. Ele não suprirá nossas carências mais profundas. Temos várias necessidades físicas, emocionais, intelectuais, sociais, espirituais, que devem ser atendidas para que tenhamos uma saúde integral. Só assim estaremos fortes para resistir aos apelos do capitalismo.

Para muitas de nós, o dinheiro ainda é um tabu e algo estranho, do qual muitas têm medo. O aliado do medo é a ignorância. Informe-se! Conheça o mercado financeiro! Estude as melhores opções de investimento para você!

É importante pensarmos que, se somos capazes de produzir dinheiro, também o somos para gerenciá-lo, de forma criativa e inteligente. Aprender a gerar e poupar dinheiro, sabendo desfrutar dele, são atitudes sábias!

É recorrente vermos mães sentirem-se culpadas por estarem pouco em casa e tentarem suprir esta ausência com presentes e guloseimas para os filhos. A culpa, aqui, é a inimiga nº 1 do enriquecimento, pois ela fomenta o desperdício. É impossível aliviar a culpa de nossa ausência com bens materiais. Precisamos separar dinheiro de afeto, pois essa mistura produz dívidas descabidas.

Trabalhar e enriquecer, sem deixar de ser feminina, é possível. Nosso desafio é sermos competentes na tarefa de organização financeira, sem nos masculinizarmos e sem nos desligarmos de nossa real natureza. Podemos ter sucesso financeiro com maturidade, segurança e delicadeza, que é a marca registrada das mulheres que somos!


Angélica Rodrigues Santos é professora, psicóloga, especialista em Psicologia Clínica, Organizacional e do Trabalho. Analista transacional e bioenergética, com treinamento em EMDR e hipnose. Possui formação em Sexualidade Humana e Constelações Familiares. Palestrante, psicoterapeuta individual e de grupos; atua especialmente na área de Finanças Comportamentais e Processos de Emagrecimento. Consultora da Libratta Finanças Pessoais. Autora do livro “Família, afeto e finanças – como colocar cada vez mais dinheiro e amor em seu lar”, em parceria com Rogério Olegário do Carmo.

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