Muitas
pessoas têm uma fantasia mágica de que ganhar dinheiro e enriquecer tem a ver
com sorte, com desonestidade ou com prêmio de loteria. A riqueza é a gente que
faz, não vem de fora, mas de dentro. Tem a ver, primeiramente, com a nossa
forma de ver o mundo e os relacionarmos com as pessoas, com a vida. A pobreza e
a riqueza existem não só no campo dos recursos financeiros, mas também no das
ideias, afetos, desejos etc. A riqueza e a pobreza estão dentro de cada um.
Antes de ir para a esfera financeira, elas passam pela vida afetiva e
emocional.
Cada
sujeito tem uma forma particular de pensar,
sentir e agir diante da vida e também de reagir
frente ao dinheiro. Lidar com as finanças de forma equilibrada ou insana não
tem a ver com a quantidade de dinheiro no banco, mas com essa maneira de
se posicionar frente ao mundo, às crises e às pessoas. O jeito de manejar e
administrar os recursos é mais importante do que a quantidade de bens que se
tem. Há pessoas que ganham pouco e vivem bem. Há outras que ganham muito e
estão endividadas.
Os
indivíduos de mente pobre são limitados para perceber as oportunidades de
enriquecimento, a começar pela forma restrita de ver o mundo. O mundo é
abundante. O universo é abundante. Tem para todos que querem ter. Infelizmente
muita gente não quer porque ter significa, muitas vezes, romper com o padrão
aprendido, arriscar.
Muitas
pessoas têm medo de enriquecer e manejar grandes quantias de dinheiro. Nesse
caso, é mais “seguro” não ter muito. Se há um conflito interno sobre
enriquecimento, é provável que o medo fale mais alto e impeça a pessoa de
crescer. Esse sujeito sente-se acomodado e não procura opções de crescimento.
Fica tolhido, sem se desenvolver, esperando uma ajuda externa (do governo, da
família etc). Reclama da crise, mas não busca melhorar.
Já
a pessoa de mente rica pensa grande, vislumbrando horizontes, vivendo as
experiências como uma oportunidade de aprendizado e de investimento. É arrojada,
e mesmo com medo, age!
Para
ativar a riqueza dentro de si, é preciso, em primeiro lugar, se sentir
importante e necessário para o mundo, para sua família, para sua comunidade,
procurando se aprimorar naquilo que faz.
Antes
de construir uma riqueza financeira, é importante estruturar uma vida rica: de
aprendizados, experiências, informações, projetos, contatos, sentimentos etc.
Uma
pessoa verdadeiramente rica tem não só dinheiro, como cultura, paz de espírito,
educação, pessoas queridas a sua volta e, principalmente, dignidade!
Se
uma pessoa tem uma crença interna de que não tem nada para ela, que tudo é
complicado, que as crises nunca acabam, dentro dessa linha, ela acaba
vivenciando mais e mais experiências difíceis e acaba se focando em
acontecimentos negativos para si.
O
mesmo acontece se a pessoa se conecta com a saúde e com coisas boas e
positivas. Ela passa a vivenciar mais e mais situações agradáveis, de bem-estar
e esperança.
Muitas
pessoas, em vez de se concentrar no que é possível, perdem muito tempo pensando
sobre o que não têm. Assim, se tornam irritadas e ressentidas com a sua
situação, o que cria mais limitações e barreiras nas suas vidas. É mais fácil
prosperar quando se tem um estado sereno da mente. Porque tudo em que se foca
tende a crescer.
Quando
você começa a pensar que pode, seus pensamentos ficam mais poderosos. E, quando
se sente mais poderoso, tem a energia necessária para impulsionar-se para os
atos que criam uma vida de riqueza verdadeira.
Experimente
escolher em que lado você quer viver a vida! E arrisque-se!
Angélica Rodrigues Santos
Professora, psicóloga e autora do
livro “Família, afeto e finanças – como colocar cada vez mais dinheiro e amor
em seu lar”, em parceria com Rogério Olegário do Carmo
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